domingo, 5 de julho de 2009

Se você está ouvindo rock, você é a resistência

Em "Exterminador do Futuro: A Salvação" vemos John Connor em 2018 pôr para tocar "You could be mine" em seu rádio de pilha surrado. Para muitos pode ser um fato desprovido de significado, mas para quem curte rock, é alentador notar que uma fita K7 contendo Guns N' Roses tenha sobrevivido à guerra nuclear e, que através dela, o rock and roll ainda se faça presente naquele ambiente pós-apocalíptico, onde os registros de música devem ser escassos.

Se não há perspectivas de que em dez anos a humanidade esteja tão ameaçada como no filme, o futuro do rock não parece estar menos comprometido. Há tempos nenhuma banda de rock realmente sacode o mundo - talvez a última tenha sido os próprios Guns N’ Roses - e o que faz sucesso hoje entre a molecada é black music, forró, sertanejo e axé. A despeito do grande êxito de jogos como "Rock Band" e "Guitar Hero", o rock está renegado a nichos restritos e é cada vez mais raro ouvi-lo em uma rádio ou em uma festa.

Mesmo que não aconteça nenhum cataclismo que destrua a maioria dos registros musicais e que impeça o surgimento de novas bandas, não é inverossímil que em 2018 ainda tenhamos que nos contentar em escutar apenas Guns N’ Roses e outras bandas do passado, visto que dado o atual cenário parece pouco provável que surja algo interessante nos próximos anos em termos de rock.

O estilo está mau das pernas, mas não se engane, ele ainda sobrevive, seja nos vídeos-games, nos saudosos vinis ou nos recônditos de um HD e assim continuará se perpetuando por anos a fio, geração após geração até o fim dos tempos. Enquanto houver bom gosto e pelo menos algum aparelho velho tocando rock, haverá um garoto com vontade de empunhar uma guitarra e sair por aí fazendo rock and roll com o mesmo apetite de destruição de outrora. Os vídeos abaixo não me deixam mentir.








Dia 13 de julho é o dia mundial do rock and roll. Se você estiver ouvindo rock, você é a resistência.